Mesmo que você não seja grande fã de escultura, visitar o ateliê de um dos grandes mestres da arte moderna é de amolecer o coração. E ali está, junto ao Centre Pompidou (e de graça!), o Atelier Brancusi para provar isso.
Constantin Brancusi era romeno, mas passou grande parte de sua vida em Paris. Pouco antes de morrer, em 1957, ele legou seu ateliê ao Estado francês – incluindo todas as obras, móveis e ferramentas que estavam dentro. Nas mãos do Museu Nacional de Arte Moderna, o interior do galpão que ficava no 15ème arrondissement foi transposto para a Place Georges Pompidou, em um prédio especialmente construído para acolhê-lo.
O mais legal é que o ateliê, para Brancusi, não era um simples local de trabalho. Era também uma forma de pensar a relação entre suas esculturas, que ele trocava de lugar constantemente para chegar a uma configuração ideal. Assim, o que o visitante enxerga não são apenas as obras do artista, mas a conversa que ele estabeleceu entre elas – e isso compensa a visão de tudo através do vidro.
Brancusi era tão obcecado por essa organização que, se vendia uma obra, colocava no mesmo lugar uma substituta em gesso. E ali estão, em diferentes materiais, suas esculturas mais célebres: Le baiser, L’oiseau dans l’espace, La collone sans fin, Léda, Le phoque.
A configuração do ateliê e a lista de obras estão disponíveis no site do Centre Pompidou.
Atelier Brancusi
(Centre Georges Pompidou)
Place Georges Pompidou, 75004
Metrô: Rambuteau (linha 11), Hôtel de Ville (1 e 11), Châtelet (1, 4, 7, 11 e 14)
Fone: 01 44 78 12 33
Aberto de quarta a segunda, das 14h às 18h
Aproveitando a viagem:
- Além do próprio Centre Pompidou, aqui você está do lado do Marais e pertinho do Hôtel de Ville.
- Já demos aqui algumas dicas de compras que ficam bem próximas ao Pompidou: bem na frente, DVDs a partir de 3 euros; seguindo a rue Rambuteau, tem de tudo um pouco na Hema; e descendo a Saint Martin, tem os livros de arte baratinhos da MonaLisait.
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